A família botânica Bignoniaceae compreende cerca de 82 gêneros e aproximadamente 860 espécies distribuídas principalmente em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, a Bignoniaceae está amplamente representada com 36 gêneros e cerca de 423 espécies, ocorrendo em diversos biomas, como a Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Muitas espécies dessa família são conhecidas por suas flores vistosas e são amplamente utilizadas em paisagismo, além de algumas apresentarem uso medicinal e madeireiro.
Características diagnósticas da família
As espécies da família Bignoniaceae são conhecidas por suas folhas opostas e compostas, geralmente pinadas, e por suas flores grandes e vistosas, que atraem polinizadores, como abelhas e beija-flores. Seus frutos são do tipo cápsula, frequentemente alongados, contendo sementes aladas, o que facilita a dispersão pelo vento. A Bignoniaceae desempenha um papel importante na biodiversidade de diversos ecossistemas, especialmente em florestas tropicais, contribuindo para interações ecológicas, como a polinização e dispersão de sementes.
A distribuição nativa de Crescentia cujete abrange desde o México até a Venezuela, incluindo o Caribe, e é amplamente cultivada na Amazônia. É uma árvore que cresce principalmente em biomas tropicais úmidos. A cuieira é utilizada como alimento para animais, tem usos medicinais e ambientais e é valorizada por seus usos sociais e culturais, como na confecção de cuias e instrumentos musicais.
Nome científico
Crescentia cujete L.
Nomes populares
árvore-de-cuia; cabaceira; coitê; cueira; cuia; cuitê e cuiteseiva
Usos tradicionais
Tem diversos usos tradicionais, especialmente na América Latina e Caribe. Seus frutos são utilizados para fazer recipientes artesanais, como cuias e tigelas, além de instrumentos musicais, como o berimbau e maracás. Na medicina popular, suas folhas, cascas e frutos são empregados no tratamento de problemas respiratórios, inflamações e febres. Também é usada em rituais e cerimônias religiosas, simbolizando proteção e sendo utilizada como recipiente sagrado.
Características diagnósticas
Árvore de porte médio com tronco tortuoso e ramificação irregular, caracterizada por suas folhas simples e oblongas, geralmente concentradas nas extremidades dos galhos. Suas flores grandes e tubulares, de cor amarelada ou esverdeada, surgem diretamente no tronco e ramos (caulifloria). Os frutos são grandes, globosos e possuem uma casca dura e lenhosa, conhecidos como cabaças, com polpa e sementes envoltas por uma substância mucilaginosa.
Fontes
FLORA E FUNGA DO BRASIL - https://floradobrasil.jbrj.gov.br/
DATAPLAMT - https://www.dataplamt.org.br/
PLANTS OF THE WORLD ON LINE - https://powo.science.kew.org/