Como identificar?

Para realizar a identificação científica correta das espécies, devem ser feitas, no ato das coletas, descrições minuciosas das estruturas vegetativas da planta. Estas estruturas devem evidenciar as particularidades diferenciais que facilitam a diferenciação entre as espécies. 

A associação das diferentes estruturas, seus tamanhos, cores, disposição e arranjo são peculiares aos diferentes grupos taxonômicos, e possibilitam ao identificador determinar, ainda no campo, uma identificação prévia, principalmente em nível de família botânica.

O processo de identificação mais comum é por meio do uso de chaves, guias e comparação. Neste processo a amostra recém coletada é comparada com outra já coletada e identificada anteriormente. As amostras devem ser comparadas com as exsicatas de Herbários, com fotografias das exsicatas em Herbários online (SpeciesLink e Herbário Virtual Reflora) e/ou com fotografias dos tipos nomenclaturais (Jstor - use sempre que houver materiais muito diferentes com o mesmo nome). Se todas as características assemelharem-se, pode-se determinar o nome correto para a amostra. 

Quando a amostra estudada for muito parecida com alguma outra do Herbário ou literatura, mas ainda não se tem certeza, então a identificação pode incluir um cf. (confirmar - ex.: Pitcairnia cf. sprucei), mas se a amostra estiver dentro de um grupo de espécies e não é idêntica a nenhuma delas, então a identificação pode incluir um aff. (afins de - ex.: Pitcairnia aff. sprucei).

Caso tenha estudado todo o gênero ou grupo taxonômico e a amostra estudada não coincidir com nenhuma outra da literatura e herbários, esta pode ser uma espécie nova, que deverá ser enviada a um especialista da família, e se esta for realmente nova, o especialista providenciará sua descrição e publicação dentro das normas do Código Internacional de Nomenclatura Botânica.